quarta-feira, 28 de maio de 2008

Livraria Lello & Irmão, no Porto





















Um e-mail da nossa Ro. com fotos fantásticas da nossa belíssima Livraria Lello & Irmão, no Porto, deu-me a ideia para mais duas séries de posts: uma dedicada a lugares de letras (livrarias, bibliotecas, etc. que sejam particularmente bonitas, ou agradáveis) e lugares de chá (casas de chá ou lojas do dito) também com alguma particularidade.

Como não poderia deixar de ser, o primeiro é dedicado precisamente à Livraria Lello & Irmão, na Rua das Carmelitas, 114, do Porto.

A sua inauguração, em 1906, foi um acontecimento na cidade. Ao fim da manhã, a Baixa portuense encheu-se de gente para assistir ao desfile de homens de letras, artistas, políticos e comerciantes. O cortejo integrava, entre outras figuras, Guerra Junqueiro, José Leite de Vasconcelos, Júlio Brandão, Afonso Costa, Aurélio da Paz dos Reis, Bento Carqueja e João Oliveira Ramos. E o que fez, há cem anos, reunir toda esta gente ilustre? Uma livraria. A abertura da Lello, num edifício criado de raiz para ser uma casa para as palavras.Um século depois, a Livraria Lello, aparentemente indiferente à migração dos livros e das pessoas do centro da cidade para as grandes superfícies comerciais, mantém a porta aberta. Os livros povoam as mesmas estantes de outrora, iluminados pela mansa luz da enorme clarabóia, como se os livros, no Porto, tivessem a sua catedral. A belíssima escadaria interior leva, agora, o visitante à secção de obras antigas e ao "café literário" - um espaço que pretende recriar as antigas tertúlias dos portuenses.

A Livraria Lello & Irmão foi recentemente escolhida pelo jornal britânico The Guardian como uma das 10 mais belas livrarias do mundo, aparecendo como a primeira que foi construída de raiz para ser uma livraria.

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