Recomeçara a chover precisamente quando entrámos no restaurante, e o pai viu nisso um bom sinal, como se a chuva tivesse esperado por nós ou o céu nos sorrisse.
Mas emendou logo:
"Quer dizer, se eu acreditasse em sinais ou que o céu se interessa por nós. Mas o céu é indiferente. À excepção do homo sapiens, o universo é todo ele indiferente. E, com efeito, a maioria dos homens também. A meu ver, a indiferença é a característica essencial da realidade."
Amos Oz, Uma História de Amor e Trevas, Lisboa: Asa Editores, p. 609
domingo, 25 de maio de 2008
A indiferença essencial da realidade
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Amos Oz
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