quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

adeus, 2008!

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Podias ter sido melhor.
Mas ainda assim...
estamos todos bem;
a Palin perdeu;
o Obama venceu;
o Nelson Évora também;
A Vanessa quase;
a gasolina baixou;
os juros também;
nasceu o S.;
a B. também.
É... podia ter sido pior.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira

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"Chegara mesmo ao ponto de pensar que a escuridão em que os cegos viviam não era, afinal, senão a simples ausência da luz, que o que chamamos cegueira era algo que se limitava a cobrir a aparência dos seres e das coisas, deixando-os intactos por trás do seu véu negro. Agora, pelo contrário, ei-lo que se encontrava mergulhado numa brancura tão luminosa, tão total, que devorava, mais do que absorvia, não só as cores, mas as próprias coisas e seres, tornando-os, por essa maneira, duplamente invisíveis."

"Porque foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem.
A mulher do médico levantou-se e foi à janela. Olhou para baixo, para a rua coberta de lixo, para as pessoas que gritavam e cantavam. Depois levantou a cabeça para o céu e viu-o todo branco, Chegou a minha vez, pensou. O medo súbito fê-la baixar os olhos. A cidade ainda ali estava."

José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira
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O livro é um dos meus preferidos de sempre. Contém um espectro impressionantemente amplo de emoções humanas, desde a solidadriedade, altruísmo, amor, ao desespero, sensação de impotência, raiva, egoismo, e violência mais atroz. Está lá tudo.
O filme, como geralmente acontece na transposição de obras literárias ao cinema, não chega tão longe. Mas ainda assim merece ser visto. Enquanto podemos. Enquanto a cegueira não nos aprisionar por completo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

1º dia de Inverno

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Keiko Minami, Hiver, 1955

sábado, 20 de dezembro de 2008

Feliz Natal e Excelente Ano Novo!!!!!!!!!!!



Desejo-vos, minhas lindas leitoras, um ano novo cheio de energia e boa disposição! E claro: um Natal recheado de boas memórias.
vossa admiradora
RB

domingo, 14 de dezembro de 2008

curiosidade VIII

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Édouard Boubat, O espectáculo está nas ruas, Paris, Maio de 1968

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns a Manoel de Oliveira pelos seus 100 anos de vida!

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Nesta foto tinha "apenas" 99 anos de idade, e foi tirada (por mim) durante o jantar de comemoração da atribuição do grau Honoris Causa pela Universidade do Algarve.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Stand by me



Sobre a importância da cooperação, da solidariedade e de valorizar o que nos une em detrimento do que nos separa.

domingo, 30 de novembro de 2008

curiosidade VII

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Alfred Eisenstaedt, A olhar pela janela, Saint Moritz, Suiça, 1932

Os empregados de mesa do Grand Hotel aproveitam a ausência de clientes para observarem pela janela as figuras da patinadora Sonja Henie na pista de gelo. Apenas um deles prefere outra vista.
Este Sábado, na colecção Mestres da Fotografia, do Expresso.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Parabéns, querida R.!

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Ansel Adams, Rosa e tronco, 1932

Porque gosto muito das diferentes "texturas" que compõem a pessoa tão especial que és;
Porque combinas a fragilidade e beleza desta rosa e a robustez e fiabilidade deste tronco;
Obrigada pela tua amizade e os votos de um dia muito feliz!
Beijinhos,
C.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Thanksgiving

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Hoje é dia de Acção de Graças nos EUA.
Também por cá podemos reservar uns minutos do dia para pensar em tudo aquilo que temos e pelo qual devemos dar graças.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Mais um livrinho, do Chile.
Tkx, AD!
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Deixo-vos um poema:
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LA INFINITA

Ves estas manos? Han medido
la tierra, han separado
los minerales y los cereales,
han hecho la paz y la guerra,
han derribado las distancias
de todos los mares y ríos,
y sin embargo
cuando te recorren
a ti, pequeña,
grano de trigo, alondra,
no alcanzan a abarcarte,
se cansan alcanzando
las palomas gemelas
que reposan o vuelan en tu pecho,
recorren las distancias de tus piernas,
se enrollan en la luz de tu cintura.
Para mí eres tesoro más cargado
de inmensidad que el mar y sus racimos
y eres blanca y azul y extensa como
la tierra en la vendimia.
En ese territorio,
de tus pies a tu frente,
andando, andando, andando,
me pasaré la vida.

Pablo Neruda, Los versos del capitán, Santiago: Pehuén, 2007, p. 19.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

rapa nui

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Acabei de receber, directamente da Ilha da Páscoa, um dos lugares que mais gostaria de visitar, um livro lindo, para a minha colecção Biblioteca Ilegível. Ainda por cima enviado por uma das minhas pessoas preferidas, com quem muito gostaria de poder ter partilhado essa experiência.
Obrigada, querida AD, e continuação de uma fabulosa viagem!

domingo, 23 de novembro de 2008

Sugestões de leitura

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Como já seria de esperar, em época de rentrée literária, as sugestões de leitura foram muito interessantes e a escolha foi difícil.

Os livros propostos foram os seguintes:

- Flannery O’Connor, O céu é dos violentos (The Violent Bear It Away), Cavalo de Ferro

O livro narra a história de Francis Tarwater, um adolescente de 14 anos, que tenta a todo o custo escapar ao seu destino: tornar-se num profeta religioso, seguindo as pisadas do seu tio-avô. Quando este último morre, logo no início do romance, Francis renega os seus ensinamentos, põe fogo à propriedade rural onde ambos viviam e vai ao encontro do seu tio, Raybit e do filho deste, Bishop, uma criança mentalmente atrasada, cujo avô de Francis queria salvar através do baptismo. No entanto, Francis descobre que a força do destino se sobrepõe à sua nova vida secular e, através de um acto de extrema violência, reconcilia-se com a missão que lhe tinha sido traçada desde a infância pelo seu avô.

- Carlos Ruiz Zafón, O Jogo do Anjo (El Juego del Ángel), Dom Quixote

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais.
Com deslumbrante estilo e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.


- J. M. Coetzee, Diário de um mau ano (Diary of a Bad Year), D. Quixote

Uma muito atraente e ousada experiência entre a ficção e o ensaio.
Por encomenda do seu editor, um famoso escritor sul-africano radicado em Sydney, na Austrália, escreve um livro com as suas opiniões sobre os temas mais quentes do nosso tempo: conflitos étnicos, terrorismo, globalização, desastres ecológicos, experiências genéticas. Como já não écapaz de digitar os seus próprios textos, o velho escritor contrata uma vizinha, a jovem e sedutora filipina Anya, para transcrever as fitas onde grava as suas polémicas reflexões.
Diário de Um Mau Ano entrelaça esse «livro dentro do livro» com os relatos íntimos, na primeira pessoa, de Anyae do próprio escritor. O pessoal e o universal iluminam-se reciprocamente, colocando em evidência a dificuldade de comunicação entre a tradicional cultura humanista do velho autor e a energia irreverente da jovem dactilógrafa. Entretanto, Alan, o ganancioso namorado de Anya, troça de tudo aquilo em que o escritor acredita e conspira contra ele.
Comprovando mais uma vez o seu domínio sobre várias vozes, géneros e registos narrativos, Coetzee discute ao mesmo tempo o mundo contemporâneo e a sua representação no imaginário e na literatura.

- Jorge Edwards, O inútil da família (El inútil de la familia), Assírio & Alvim

O Inútil da Família é um extraordinário desfile de personagens, uma caixa de surpresas que nos transporta a mundos extremos e nos leva a assistir, por dentro, a um destino fora do comum, belo mas pleno de riscos e, sem dúvida, trágico.
Quando Jorge Edwards começou a escrever, em plena adolescência, num mundo que estava muito longe de o destinar à literatura, teve conhecimento de um parente próximo que ninguém referia na família, um fantasma, um marginal, um maldito da sua época: Joaquín Edwards Bello. Joaquín recebeu o Prémio Nacional de Literatura de Chile em 1943 mas a sua vida acidentada e aventureira, a sua paixão pelo jogo, o seu inconformismo e rebeldia social, naqueles anos escandalosa, já o tinham convertido numa lenda viva.Jorge Edwards seguiu apaixonadamente a história deste seu tio avô. Joaquín, o tio Joaquín, conheceu os palacetes da América e da Europa mas cedo desceu ao fundo da noite: aos bares e tabernas de má sorte, aos prostíbulos e aos albergues clandestinos. Viveu uma vida acidentada entre Madrid, Paris, Valparaíso e Santiago.Porém, descobrindo semelhanças e contiguidades, tanto de origem como de biografia, o livro acaba por construir uma teia de múltiplas relações em que as duas vidas - e as duas obras - se fundem e entrelaçam.

- Rosa Montero, Instruções para salvar o mundo (Instrucciones para salvar el mundo), Porto Editora

Uma intensa e hipnótica história de esperança que deambula entre o humor e a emoção e nos mergulha na sociedade caótica dos nossos dias. Uma história que pode ser a de qualquer um de nós.
Num cenário de subúrbio, onde a noite reclama o seu território e os fantasmas reivindicam o seu espaço, um taxista viúvo que não consegue superar a perda da mulher, um médico desiludido, uma cientista anciã e uma belíssima prostituta africana sedenta de vida cruzam os seus caminhos, para nos obsequiarem com uma visita guiada ao mundo vertiginoso e convulso que cada um encerra dentro de si.
Mas esta não é uma história de horrores, é antes uma fábula de sobreviventes, de quatro personagens que reúnem todos os elementos necessários para serem considerados uns desgraçados, que se movem nos mundos limítrofes à máfia, ao tráfico de mulheres brancas, e a universos virtuais como Second Life, mas que conseguem encontrar um apoio que lhes permite a remição e a saída das trevas que os mantinham prisioneiros.

- Elisabeth Kostova, O Historiador (The Historian)

E se Drácula continuasse vivo após 500 anos? E se Drácula fosse, além de vampiro, um historiador, dono de uma das mais espantosas bibliotecas do mundo?Estas são as premissas de O Historiador, romance-sensação da americana Elizabeth Kostova, uma daquelas leituras de férias que fazem reviver o espírito história/aventura de Indiana Jones e a fatalidade romântica de Bram Stocker.Não sendo nenhum clássico contemporâneo, mas afastando-se do vazio de inúmeros títulos que povoam as livrarias – frutos de uma recente febre de romances históricos despoletada pelo célebre Código Da Vinci – O Historiador é uma obra apelativa não só para quem se interesse pela figura de Vlad “O Empalador” como para apreciadores de livros de aventuras.Demonstrando um satisfatório trabalho de pesquisa (a autora terá demorado dez anos a concluir o livro), Kostova transmite uma série de dados curiosos obre a história medieval da Roménia e a história moderna do Leste Europeu e do Império Otomano, juntando-lhes uma pitada de história contemporânea nas partes que se desenrolam em antigas repúblicas socialistas soviéticas. Sendo um dos protagonistas historiador e outra antropóloga, o livro é enriquecido por diversas informações interessantes que são tão importantes como a vertente ficcional da trama – com fugas, segredos e enigmas, todos desvendados seguindo um caminho que Kostova tenta que se aproxime do do trabalho de investigação historiográfica.

Barbara Kingsolver, A bíblia envenenada (The Poisonwood Bible), Dom Quixote e Círculo dos Leitores

Um pregador baptista, munido da sua Bíblia e de uma vontade feroz de evangelizar, levou a mulher e quatro filhas para uma remota aldeia do Congo Belga, onde salvar as pobres almas primitivas daquelas crianças significava baptizá-las num rio infestado de crocodilos.Neste livro, a denúncia da intolerância e da ausência de comunicação, uma reflexão sobre as convicções religiosas e a relatividade do bem, a condição da mulher e o discurso no feminino, o confronto entre dois modelos de sociedade, a história da independência de África e a contínua sabotagem do estimável Ocidente. A Bíblia Envenenada, um livro que nos desperta e nos abala, um livro que nos dói, um livro que nos marca.


- Knut Hamsun, Fome (Sult), Cavalo de Ferro

A acção de Fome, um romance marcante e considerado um clássico da literatura mundial, decorre nos finais do século xix. O narrador, um jovem escritor, um homem solitário, deambula pelas ruas de Kristiania (actual Oslo) numa miséria extrema, enregelado pelo frio e tolhido pela fome. Essa miséria em que vive, provoca-lhe momentos de delírio e violentas variações de humor. Mas cedo nos apercebemos de que a “fome” desse sonhador não é apenas física. Há a procura de uma identidade e de um reconhecimento dentro das suas próprias alucinações.

Liudmila Ulítskaia, Mentiras de mulher, Relógio de Água

Mentiras de Mulher é um romance composto por várias narrativas unidas entre si por uma personagem recorrente. Na primeira, que dá o tom ao livro, surge Génia, que se deixa envolver pela história de uma mulher que encontra durante as férias na Crimeia. Génia encontrará depois outras mulheres que com ela partilham as ilusões que permitem viver a realidade.Tudo isto é feito de um modo que revela a fascinante vida interior de mulheres para quem as mentiras são, em geral, e ao contrário do que sucede nos homens, desprovidas de qualquer estratégia.Ulítskaia possui uma invulgar arte para contar histórias, para descrever vidas num estilo ao mesmo tempo mordaz e terno, deixando ao leitor o cuidado de completar os motivos dos variados quadros que compõe.

Após um empate com o livro de Flannery O'Connor, a escolha acabou por recair em: O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Záfon, mais um "repetente" no nosso Clube de Leitura.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Bond, James Bond

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James Bond em Quantum of Solace



James Bond em Casino Royale



O Bond mudou.
Já não é o agente charmoso, irresponsável e inconsequente que acumula conquista em cima de conquista sem que o seu coração sofra o mínimo arranhão.
está longe do requinte de quem prefere o seu martini "shaken, not stirred";
perdeu algo do seu humor gingão (e onde anda a Moneypenny por estes dias?);
não nos deslumbra com uma míriade de fantásticos gadgets;
e já nem sequer pronunciou o seu famoso: "My name is Bond, James Bond."
Sim, o Bond mudou.
Não tem o charme irresistível do Sean Connery, o Bond quintessencial,
nem o humor do Roger Moore, nem a sua frieza e calculismo,
nem a beleza do Pierce Brosnan (ai, ai, depois do desastre da sua prestação como cantor no Mamma Mia!, nunca mais terá o mesmo encanto!), e a sua agilidade e subtileza.
Pois... de facto mudou.
É um homem duro, descuidado da sua segurança, voluntarioso, implacável.
Mas também o único até agora capaz de reconhecer que errou,
muito mais denso,
mais complexo,
mais vulnerável,
mais intenso,
mais humano.
O Bond mudou.
E eu gostei da mudança.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Juan Munoz em Serralves

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Vai estar patente na Fundação de Serralves até 18 de Janeiro a exposição com a retrospectiva do trabalho do escultor espanhol Juan Munoz. Já vi algumas peças na Tate Modern de Londres, nomeadamente a segunda que aqui apresento, e posso garantir que vale muito a pena.
Bem que dava um saltinho ao Porto...

sábado, 8 de novembro de 2008

curiosidade VI

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Margaret Bourque-White, A praia de Coney Island, Nova Iorque, 1952

Hoje no Expresso.
Aqui trata-se de uma curiosidade mórbida: é uma vista aérea da praia de Coney Island, onde as pessoas se amontoam à volta do corpo de uma banhista afogada...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

change


Hoje é um dia muito especial. É um dia para ficar na história. Eu sei que a maior parte das minhas amigas bloguistas me acham uma optimista nata mas tenho que confessar que já não me sentia assim há muito tempo! Hoje posso afirmar a minha nacionalidade americana sem constrangimentos e até com orgulho. Não só pelo facto de termos eleito um presidente não convencional mas pelo significado que esse voto comporta. Indo as urnas e esperando em filas para votar, o povo americano exprimiu a vontade de mudança e esperança. Estou feliz que as nossas crianças venham a crescer com esperança num mundo um pouco diferente.

domingo, 2 de novembro de 2008

O Mercado Negro em Aveiro

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O Mercado Negro é uma associação cultural sem fins lucrativos e um espaço multifuncional criado a partir de um edifício antigo no centro da cidade (desde Junho 2006). Com uma actividade cultural intensa (desde concertos e sessões de cinema todas as semanas, passando por exposições, peças de teatro, tertúlias, sessões de leitura ou workshops), tem no seu interior um auditório, um café e salas de estar (com acesso wireless gratuito à internet) e vários outros espaços: a wahWah (discos), a Mao Mao (roupa & acessórios), a Ekphrasis (livros manuseados), a Pin Up (roupas recicladas & acessórios) e a Lollipop (bijutaria & acessórios).

Estão a ver os "Artistas" em Faro? Imaginem um espaço maior, com mais salas, muito bem arranjado, com lojinhas dentro, e com uma programação cultural bastante dinâmica.
Que pena não termos cá um espaço assim...

Se quiserem saber mais podem vir aqui e aqui.

Encontro imediato no Alfa Pendular

curiosidade V

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Willy Ronis, Cruzamento da Rue Vilin / Rue Piat, Paris, 1959
Ontem, no Expresso.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Think pink!

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Hoje celebra-se o Dia Internacional da Luta Contra o Cancro da Mama.
Segundo mensagem que recebi via telemóvel, a ideia é usar hoje uma peça de roupa ou adereço côr-de-rosa, para lembrar a data.
O assunto é sério, mas já agora: ficam algumas sugestões de modelitos!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

curiosidade IV

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Sebastião Salgado, Durante um acto de apoio ao MPLA, Luanda, Angola, 1975

Este último Sábado no Expresso.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Estrumpfes

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Os simpáticos Estrumpfes "estrumpfam" hoje 50 anos. Nasceram pela mão do desenhador belga Peyo na revista "Spirou", em 1958.
Parabéns e que contem muitos mais. Parece que está para breve a versão cinematográfica.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Das terras vikings da Dinamarca chegou-me este comentário:


Querida C.

Estou sleepless in Aalborg, com jetleg e porque não visitar o teu bloge que eu acho estar cheio de vida, cor e alma. Parabéns e obrigada.

Ao ler no chá-de-letras sobre o filme Mamma mia, vi o teu comentário "Venha o DVD!"

Sairá a 24 de Novembro e podemos comprá-lo no Amazon UK

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Um grande beijinho


T.




Obrigada pelas palavras e pela sugestão, amiga T.

domingo, 19 de outubro de 2008

plataforma


rio kwai



koh phi phi

Ainda só vou na página 100 mas mesmo assim é despertada a minha curiosidade quanto aos locais por onde o Michel passa.

sábado, 18 de outubro de 2008

Do Sublime

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Ansel Adams, Pinheiro Jeffrey, Sentinel Dome, Parque Nacional de Yosemite, 1940



Ansel Adams, A Lua e o Half Dome, Parque Nacional de Yosemite, 1960

"Às vezes parece que chego aos lugares que Deus deixou preparados para que alguém os retratasse", Ansel Adams

Hoje, com o Expresso.

contratempo da semana

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(mas ao menos é personalizado!)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sugestões de leitura deste mês

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O Arquipélago da Insónia, António Lobo Antunes

Começamos por uma casa, pelo sentimento uma força em exercício, um poder que vem de há muito tempo, quando essa casa era igual mas era uma herdade, um latifúndio, quando nada faltava – a família, as empregadas na cozinha, o feitor, os campos, a vila ao fundo, e a voz do avô a comandar o mundo.
Agora há fotografias no Alentejo em vez de pessoas, e há objectos, cientes que também acabarão sem ninguém, há memórias de quem dorme, ou morreu, mortos que não sabem se a vida foi vida, há os irmãos, um é autista, e a imagem da mãe muito nítida, sempre de costas
“(alguma vez a vi sem ser de costas para mim?)”.
Nessa altura já não se sabia a que cheira o vento, como não se sabe para onde foi a Maria Adelaide, morta também, foi para Lisboa?
A herdade foi tirada ao autista, e a doença (de quem?) é um arquipélago branco nas radiografias dos outros, um arquipélago normal, inocente. Estão todos mortos ou estão todos a sonhar e trocaram de sonhos, como se pudessemos trocar de sonhos.
De qualquer forma, sabemos que daqui a nada será manhã – mas aquilo que se disse ainda se ouve lá dentro
“(- Não precisa de se casar comigo menino o seu pai nunca casou comigo)”
E então vamos sabendo que não será manhã nunca.


Os filhos da meia noite, Salman Rushdie

A história da Índia moderna, a partir de sua independência em 15 agosto de 1947, é a base do romance de Salman Rushdie que utiliza como fio condutor a troca de dois bebês, um de família hindu e outro de origem muçulmana, nascidos exatamente à meia-noite. Uma das crianças, Salim Sinai, o hindu pobre criado por engano numa rica família muçulmana, é o narrador do romance que, sempre em um clima de fantasia e humor, muitas vezes tragicômico, desfila uma série de histórias entrecruzadas apresentando as várias culturas e etnias que compõem a Índia. No entanto, este resumo de "Os filhos da meia noite " é tão insuficiente quanto dizer que "O novo testamento" trata da vida de Jesus.

A Derrocada da Baliverna, Dino Buzzati

Na história que dá o título ao livro, um homem vulgar decide-se a escalar clandestinamente a parede da Baliverna, um velho mosteiro degradado e transformado em refúgio de vagabundos e bandidos. Essa acção imponderada é punida com a derrocada de todo o edifício, provocando o terror do castigo subsequente. Em «Encontro com Einstein», descobrimos que é o próprio Diabo quem secretamente incentiva as descobertas científicas do génio. Em histórias como «Rigoletto», ou «A Máquina» são os próprios objectos, as máquinas modernas, que em confronto com o mundo dos mitos e da natureza, assumem uma personalidade autónoma que incarna todos os aspectos negativos do Homem: vaidade, inveja e crueldade. Assim é o terceiro volume de contos publicado pelo autor (depois de «Os sete mensageiros» e «Pânico no Scala»), «A Derrocada da Baliverna», é apontado pelo público e pela crítica como um dos livros mais conseguidos na carreira de Dino Buzzati.


O conservador, Nadine Gordimer

O fascinante retrato, feito por Nadine Gordimer, de um homem simultaneamente audacioso e calculista, um “conservador” sem outro objectivo que o da sua auto-preservação, é também um subtil e detalhado estudo das forças e das relações que se agitam na África do Sul dos nossos dias.



No Silêncio de Deus, Patrícia Reis

Um livro sobre os livros e o exercício da escrita.
Um escritor descobre que está a morrer. Uma jornalista tenta desvendá-lo.Ambos procuram a redenção.Encenam uma fuga à realidade.Três cidades: Lisboa, Jerusalém, Amesterdão.E ainda uma prostituta, um barman, um médico homeopata.A possibilidade da salvação e a procura da humanidade.As falhas de cada um. O passado como identidade. Um fado.Vários livros. Dor e consternação.No fim, sem medo, uma ideia melhor.





Os detectives selvagens, Robert Bolaño

Arturo Belano e Ulisses Lima, os detectives selvagens, procuram a pista de Cesária Tinajero, a misteriosa escritora desaparecida no México nos anos imediatamente a seguir à Revolução, e essa busca - a viagem e as suas consequências - prolonga-se durante vinte anos, desde 1976 até 1996, o tempo canónico de qualquer errância, bifurcando-se através de múltiplos personagens e Continentes num romance onde há de tudo: amores e mortes, assassinatos e fugas turísticas, manicómios e universidades, desaparições e aparições.Os seus cenários são o México, a Nicarágua, os Estados Unidos, a França, a Espanha, a Áustria, Israel, África, acompanhando sempre os detectives selvagens - poetas «desperados», traficantes ocasionais -, Arturo Belano e Ulisses Lima, os enigmáticos protagonistas deste livro que pode ler-se como um refinadíssimo thriller wellesiano, atravessado por um humor iconoclasta e feroz. Entre os personagens, destaca-se um fotógrafo espanhol no último degrau de desespero, um neonazi borderline, um toureiro mexicano reformado que vive no deserto, uma estudante francesa leitora de Sade, uma prostituta adolescente em fuga constante, uma prócere uruguaia no 68 latino-americano, um advogado galego ferido pela poesia, um editor mexicano perseguido por pistoleiros profissionais.Um romance extraordinário em todos os sentidos, que confirma a deslumbrante qualidade literária de Roberto Bolaño.


A ilha dos jacintos cortados, Gonzalo Torrente Ballester

“A Ilha dos Jacintos Cortados” é uma “carta de amor com interpolações mágicas”, como o próprio autor define numa espécie de subtítulo. O romance traz para o conjunto da obra do autor a novidade do erotismo e da melancolia; um erotismo isento de pornografia, uma melancolia sem sentimentalismo. A prosa de Torrente Ballester mostra-se aqui na sua dupla condição ou estilo de barroquismo e simplicidade, segundo os materiais, de acordo com espírito.Há duas histórias: a do amor e uma outra, difíceis de classificar porque ambas se separam com decidida veemência tanto dos caminhos já trilhados quanto das fórmulas de vanguarda, sempre em busca das técnicas mais adequadas aos materiais que utiliza. Se uma destas histórias cativa, a outra diverte, e como estão endemoniadamente misturadas, emoção e diversão é a dupla promessa que pode ser feita ao leitor.


Memorial de Aires, Machado de Assis

Memorial de Aires, romance psicológico e última obra de Machado de Assis, foi publicado em 1908, mesmo ano da morte do escritor. A obra tem por tema os idílios amorosos e as futilidades de personagens pertencentes à elite brasileira do fim do século XIX. A crítica afirma que foi nesta obra que o genial escritor mais expôs os seus valores subjetivos, fugindo um pouco à sua característica mais marcante: a isenção narrativa.


Plataforma, Michel Houellebecq

O livro retrata o caso de Michel, um solitário e desiludido funcionário público, frequentador de peep-shows e de desenxabidas prostitutas ocidentais, que encontra em Valérie, uma mulher interessante e abertamente bissexual, a possibilidade de concretizar uma afeição marcada por uma sexualidade “natural e instintiva”, que só a acção criminosa de um grupo de fundamentalistas islâmicos consegue interromper abruptamente. Pelo meio, o autor aborda muitas das inquietações que hoje em dia nos assaltam e formulamos interiormente: os perigos das selvas urbanas, as atitudes de determinados grupos étnicos ou sectores sociais e a atitude de solidão que domina as pessoas.