segunda-feira, 19 de maio de 2008

Crónicas Londrinas 3 - Blood on Paper





Paula Rego, Jane Eyre, 2003. (Este eu tenho!!)


Damien Hirst, I want to spend the rest of my life everywhere, with everyone, one to one, always, forever, now, 1997


Joan Miró, Le Courtisan Grotesque, 1974

Blood on Paper - Exposição no Victoria & Albert Museum


Esta exposição examina o que acontece quando grandes artistas de hoje e do passado recente reflectem sobre o significado dos livros.


Os livros fazem mais do que transmitir textos e imagens. Eles proclamam autoridade, permanência e "cultura". Eles passam imagens quando nos aproximamos deles, quando os abrimos e os seguramos. Só a sua presença física tem o poder de estimular memórias, de revelar um universo particular de pensamento e de provocar um diálogo.


Como veículo de criação artística o livro é extremamente poderoso. Algumas das obras expostas são criações únicas, outras são exemplos de virtuosismo em termos de impressão e de encadernação. Outras são pamfletos ou livros produzidos em massa, ou ainda esculturas ou instalações. Em qualquer um dos casos, a relação com os livros - e com o que eles representam - oferece uma compreensão especial do processo criativo e filosofia dos artistas.


O livro foi uma invenção romana, que se transformou num objecto da casa com a invenção da imprensa. Hoje em dia, imagens e textos são progressivamente desmaterializadas e fornecidas electronicamente através do mundo virtual do computador até ao ecrã.


As obras dos artistas representados aqui insistem na importância do Livro como objecto físico e como ideia. Os materiais usados vão desde o papiro, papel, plástico à pele, bronze e chumbo. O comprometimento apaixonado daqueles envolvidos em criar estas obras reflecte-se no título, Blood on Paper / Sangue no Papel.

(texto de apresentação da exposição, tradução minha)

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