Eu era um miúdo obcecado pela história. Metera-se-me na cabeça corrigir os erros dos generais do passado: assim, por exemplo, reconstituí em imaginação a grande revolta dos Judeus contra os Romanos, impedi a destruição de Jerusalém pelos exércitos de Tito, trasferi os exércitos para o terreno do inimigo, conduzi as tropas de Bar Kochba até às muralhas de Roma, tomei de assalto o Coliseu e coloquei a andeira hebraica na colina do Capitólio. (...)
Com efeito, aquele curioso impulso da minha infância - o desejo de dar uma segunda oportunidade àquilo que não tem nem voltará a ter outra hipótese - é ainda hoje o impulso que me move sempre que começo a escrever uma história.
Amoz Oz, Uma História de Amor e Trevas
sábado, 19 de abril de 2008
A História, as histórias e as segundas oportunidades
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Amos Oz
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