Fui ver finalmente a exposição dedicada ao Darwin patente em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Inaugurada a 12 de Fevereiro de 2009, data que assinalou o bicentenário do nascimento de Charles Darwin, a exposição A Evolução de Darwin celebra também os 150 anos da publicação do livro A Origem das Espécies, obra fundadora da teoria da evolução.
A exposição dá a conhecer a figura de Darwin, a génese da sua teoria da evolução, bem como as suas ligações à biologia e medicina contemporâneas.
Gostei de conhecer um pouco melhor este homem, cuja curiosidade e fascínio pelo mundo natural e pela ciência mudou o rumo da biologia, influenciando também quase todos os outros ramos do saber. Não posso deixar de sentir uma enorme admiração por pessoas como Darwin, com a capacidade de pensar para além dos padrões e canones das suas épocas, e arquitectar teorias revolucionárias, que passadas umas tantas gerações tomamos como garantidas e óbvias (embora, no caso concreto da teoria da evolução do Darwin, aparentemente uma boa metade da população dos Estados Unidos a negue), esquecendo a coragem e tenacidade que foi necessária para derrubar as barreiras dos dogmas, "verdades absolutas" que imperaram durante séculos.
Para além da sua capacidade de pensar fora do estabelecido, da meticulosidade e rigor com que foi construíndo a sua teoria, há que salientar o fascínio que sempre demonstrou pelo mundo natural e a capacidade de se deslumbrar, como demonstra a seguinte citação:
"O prazer que experimentamos em ocasiões como esta desorienta a mente - se o olhar tenta seguir o voo de uma borboleta garrida, fica entretanto preso numa qualquer árvore ou fruto estranhos; se observarmos um insecto, a flor em que ele repousa consegue que dele nos esqueçamos... a mente é um caos de deslumbramento."
Charles Darwin, The Voyage of the Beagle.
Figura de cera do jovem Charles Darwin, por Elisabeth Daynés
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Charles Darwin na Fundação Gulbenkian
Os livros publicados por Charles Darwin
E depois os bichos...
Para além dos lagartos, de uma enorme tartaruga, das piranhas, da gibóia, e dos adoráveis macacos leões dourados, também encontramos na exposição (e estou apenas a referir os animais vivos), num recinto apenas rodeado por um muro de vidro, quase ao alcance das nossas mãos, uma comunidade de simpáticas suricatas. São uns animaizinhos muito expressivos, aparentemente muito descontraídos com a nossa presença ali tão perto, embora pelo menos um dos elementos do grupo sempre estivesse em posição de alerta. E passam directamente para o meu top 20 de animais preferidos!
Quem ainda lá quiser disfrutar desta excelente exposição tem apenas até ao dia 24 de Maio para o fazer! E pelo que ouvimos na apresentação da palestra a que fomos assistir, esse último fim-de-semana da exposição, um evento a que chamaram a Festa Darwin, vai ser animadíssimo, com conferências, workshops no interior e nos jardins da Fundação, música, teatro, etc. Vai valer a pena!
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