Recebi um simpático e-mail da Raquel, comentando o nosso blogue. Aqui o transcrevo, dando-lhe as boas vindas e desejando que colabore no blogue sempre que deseje. E, Raquel, estás desde já "intimada" a comentar aqui o "Middlesex" e o "Madona" quando acabares a leitura.
O "Código Da Vinci" não será escolhido no clube pois a Jennifer já o leu, mas como acho que suscitará o interesse de muitas (o meu inclusivé, que vou ter mesmo que o ler, tendo em conta que tanta gente que conheço ficou "agarrada" a ele)também podemos ir "postando" os comentários à sua leitura. Entretanto amanhã cá estaremos para discutir o delicioso "Vendedor de Passados", de José Eduardo Agualusa.
Queridas amigas,
Visitei hoje, pela primeira vez, o vosso blogspot e não podia deixar passar
a oportunidade de vos felicitar pelo mesmo. Está muito interessante e sinto
que assim, de alguma forma, poderei partilhar um pouco do vosso clube de
leitura. Para começar, já me despertaram o interesse para ler especialmente
dois livros: Madona e Middlesex. Este último era-me totalmente desconhecido
até vocês mo terem dado a conhecer (humildemente reconheço a minha
ignorância...) e espero que venha a ser uma das minhas leituras de Verão.
Quanto ao livro da Natália Correia, tenho-o há cerca de dois anos na minha
estante, a olhar para mim, a tentar seduzir-me, mas ainda não tinha sentido
o impulso vital que o tirasse do seu lugar na prateleira para o assento VIP
da minha mesinha-de-cabeceira. Acho que vai ser desta. Graças a vocês.
Neste momento estou a ler The Da Vinci Code. Pois é, aderi à febre. E devo
dizer que é mesmo viciante. Aconselho-vos vivamente. Lê-se sofregamente e dá
muito que pensar. Entre a realidade e a ficção, coloca em causa muito do que
aceitamos (alguns de nós apenas, bem sei) desde sempre como verdades de fé
inquestionáveis. E, afinal, tudo passa por saber se a nossa fé se mantém
inabalável ou se começa a ser arranhada...
Numa vertente mais estética, devo dizer-vos que, para mim, pelo menos, tem
sido um desvendar da obra de Leonardo Da Vinci numa perspectiva totalmente
nova. Nunca mais olharei para os seus quadros da mesma forma e penso que
vocês também não. Eu parecia uma maluca a ler o livro com outro de História
de Arte aberto à minha frente para confrontar os pormenores. Giríssimo.
Não digo mais nada sobre o livro, porque o interessante é embrenharmo-nos
por ele dentro e deixarmo-nos pasmar com as surpresas que o mesmo nos traz.
Ainda não cheguei ao fim, e estou curiosíssima por saber o desfecho, mas bom
mesmo é a viagem que empreendemos até lá.
Para terminar, porque gosto muito de Sophia de Mello Breyner Andresen
(lembram-se do marcador de livros que oferecemos no nosso casamento?),
deixo-vos com as palavras de Miguel Sousa Tavares , a propósito da perda da
sua Mãe:
"... E de novo acredito que nada do que é importante se perde
verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos
instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os
amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi
nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
sexta-feira, 16 de julho de 2004
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2 comentários:
A propósito, lindas as palavras do Miguel Sousa Tavares! É... trazemos connosco sempre tudo e todos que já tiveram o condão de nos tocar.
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