A leitura que se seguiu à "Misteriosa Chama" foi, nem mais nem menos do que o monumental "Ana Karenine", de Leo Tolstoi. Novamente tentamos aproveitar as potencialidades do clube de leitura, no que diz respeito a uma leitura mais acompanhada e disciplinada para nos atirarmos a um clássico que muitas de nós já queriam ter lido há muito tempo. Precisámos de um pouco mais de tempo, mas lá conseguimos (quase) todas levar o navio a bom porto.
Devo confessar que perdi as notas que tirei durante a nossa discussão e também que não me apetece fazer esse exercício de memória. Registo aqui apenas a recepção entusiástica da obra por parte de muitas das leitoras (nomeadamente a paula e a Guida). A discussão foi precedida do visionamento da mais recente adaptação para cinema da obra, realizada por Bernard Rose e interpretada por Sophie Marceau, Sean Bean (um belo Vronsky, sim senhoras, hão-de dizer-me onde está o vosso caixote do lixo!) e Alfred Molina. O filme é fraco, fraco, oh meu Deus, que fraquinho, e nem no que diz respeito à trama romântica da obra dá conta do recado, quanto mais no que concerne à tremenda complexidade das figuras de Ana Karenina, Vronsky, Karenin e LEvine. Em todo o caso, em termos visuais não deixa de resultar relativamente bem e é sempre curioso vermo-nos confrontados com outras visões de obras que já imaginámos à nossa maneira durante a leitura.
Da discussão propriamente dita, recordo-me das grandes polémicas em torno da personagem de Levine. Prometo completar este post se entretanto encontrar as minhas notas.
domingo, 8 de janeiro de 2006
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Leo Tolstoi
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