quinta-feira, 30 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
curiosidade IV
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Sebastião Salgado, Durante um acto de apoio ao MPLA, Luanda, Angola, 1975
Este último Sábado no Expresso.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Estrumpfes
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Das terras vikings da Dinamarca chegou-me este comentário:
Querida C.
Estou sleepless in Aalborg, com jetleg e porque não visitar o teu bloge que eu acho estar cheio de vida, cor e alma. Parabéns e obrigada.
Ao ler no chá-de-letras sobre o filme Mamma mia, vi o teu comentário "Venha o DVD!"
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Um grande beijinho
T.
Obrigada pelas palavras e pela sugestão, amiga T.
domingo, 19 de outubro de 2008
plataforma
sábado, 18 de outubro de 2008
Do Sublime
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Ansel Adams, Pinheiro Jeffrey, Sentinel Dome, Parque Nacional de Yosemite, 1940
Ansel Adams, A Lua e o Half Dome, Parque Nacional de Yosemite, 1960
"Às vezes parece que chego aos lugares que Deus deixou preparados para que alguém os retratasse", Ansel Adams
Hoje, com o Expresso.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Sugestões de leitura deste mês
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O Arquipélago da Insónia, António Lobo Antunes
Começamos por uma casa, pelo sentimento uma força em exercício, um poder que vem de há muito tempo, quando essa casa era igual mas era uma herdade, um latifúndio, quando nada faltava – a família, as empregadas na cozinha, o feitor, os campos, a vila ao fundo, e a voz do avô a comandar o mundo.
Agora há fotografias no Alentejo em vez de pessoas, e há objectos, cientes que também acabarão sem ninguém, há memórias de quem dorme, ou morreu, mortos que não sabem se a vida foi vida, há os irmãos, um é autista, e a imagem da mãe muito nítida, sempre de costas
“(alguma vez a vi sem ser de costas para mim?)”.
Nessa altura já não se sabia a que cheira o vento, como não se sabe para onde foi a Maria Adelaide, morta também, foi para Lisboa?
A herdade foi tirada ao autista, e a doença (de quem?) é um arquipélago branco nas radiografias dos outros, um arquipélago normal, inocente. Estão todos mortos ou estão todos a sonhar e trocaram de sonhos, como se pudessemos trocar de sonhos.
De qualquer forma, sabemos que daqui a nada será manhã – mas aquilo que se disse ainda se ouve lá dentro
“(- Não precisa de se casar comigo menino o seu pai nunca casou comigo)”
E então vamos sabendo que não será manhã nunca.
Os filhos da meia noite, Salman Rushdie
A história da Índia moderna, a partir de sua independência em 15 agosto de 1947, é a base do romance de Salman Rushdie que utiliza como fio condutor a troca de dois bebês, um de família hindu e outro de origem muçulmana, nascidos exatamente à meia-noite. Uma das crianças, Salim Sinai, o hindu pobre criado por engano numa rica família muçulmana, é o narrador do romance que, sempre em um clima de fantasia e humor, muitas vezes tragicômico, desfila uma série de histórias entrecruzadas apresentando as várias culturas e etnias que compõem a Índia. No entanto, este resumo de "Os filhos da meia noite " é tão insuficiente quanto dizer que "O novo testamento" trata da vida de Jesus.
A Derrocada da Baliverna, Dino Buzzati
Na história que dá o título ao livro, um homem vulgar decide-se a escalar clandestinamente a parede da Baliverna, um velho mosteiro degradado e transformado em refúgio de vagabundos e bandidos. Essa acção imponderada é punida com a derrocada de todo o edifício, provocando o terror do castigo subsequente. Em «Encontro com Einstein», descobrimos que é o próprio Diabo quem secretamente incentiva as descobertas científicas do génio. Em histórias como «Rigoletto», ou «A Máquina» são os próprios objectos, as máquinas modernas, que em confronto com o mundo dos mitos e da natureza, assumem uma personalidade autónoma que incarna todos os aspectos negativos do Homem: vaidade, inveja e crueldade. Assim é o terceiro volume de contos publicado pelo autor (depois de «Os sete mensageiros» e «Pânico no Scala»), «A Derrocada da Baliverna», é apontado pelo público e pela crítica como um dos livros mais conseguidos na carreira de Dino Buzzati.
O conservador, Nadine Gordimer
O fascinante retrato, feito por Nadine Gordimer, de um homem simultaneamente audacioso e calculista, um “conservador” sem outro objectivo que o da sua auto-preservação, é também um subtil e detalhado estudo das forças e das relações que se agitam na África do Sul dos nossos dias.
No Silêncio de Deus, Patrícia Reis
Um livro sobre os livros e o exercício da escrita.
Um escritor descobre que está a morrer. Uma jornalista tenta desvendá-lo.Ambos procuram a redenção.Encenam uma fuga à realidade.Três cidades: Lisboa, Jerusalém, Amesterdão.E ainda uma prostituta, um barman, um médico homeopata.A possibilidade da salvação e a procura da humanidade.As falhas de cada um. O passado como identidade. Um fado.Vários livros. Dor e consternação.No fim, sem medo, uma ideia melhor.
Os detectives selvagens, Robert Bolaño
Arturo Belano e Ulisses Lima, os detectives selvagens, procuram a pista de Cesária Tinajero, a misteriosa escritora desaparecida no México nos anos imediatamente a seguir à Revolução, e essa busca - a viagem e as suas consequências - prolonga-se durante vinte anos, desde 1976 até 1996, o tempo canónico de qualquer errância, bifurcando-se através de múltiplos personagens e Continentes num romance onde há de tudo: amores e mortes, assassinatos e fugas turísticas, manicómios e universidades, desaparições e aparições.Os seus cenários são o México, a Nicarágua, os Estados Unidos, a França, a Espanha, a Áustria, Israel, África, acompanhando sempre os detectives selvagens - poetas «desperados», traficantes ocasionais -, Arturo Belano e Ulisses Lima, os enigmáticos protagonistas deste livro que pode ler-se como um refinadíssimo thriller wellesiano, atravessado por um humor iconoclasta e feroz. Entre os personagens, destaca-se um fotógrafo espanhol no último degrau de desespero, um neonazi borderline, um toureiro mexicano reformado que vive no deserto, uma estudante francesa leitora de Sade, uma prostituta adolescente em fuga constante, uma prócere uruguaia no 68 latino-americano, um advogado galego ferido pela poesia, um editor mexicano perseguido por pistoleiros profissionais.Um romance extraordinário em todos os sentidos, que confirma a deslumbrante qualidade literária de Roberto Bolaño.
A ilha dos jacintos cortados, Gonzalo Torrente Ballester
“A Ilha dos Jacintos Cortados” é uma “carta de amor com interpolações mágicas”, como o próprio autor define numa espécie de subtítulo. O romance traz para o conjunto da obra do autor a novidade do erotismo e da melancolia; um erotismo isento de pornografia, uma melancolia sem sentimentalismo. A prosa de Torrente Ballester mostra-se aqui na sua dupla condição ou estilo de barroquismo e simplicidade, segundo os materiais, de acordo com espírito.Há duas histórias: a do amor e uma outra, difíceis de classificar porque ambas se separam com decidida veemência tanto dos caminhos já trilhados quanto das fórmulas de vanguarda, sempre em busca das técnicas mais adequadas aos materiais que utiliza. Se uma destas histórias cativa, a outra diverte, e como estão endemoniadamente misturadas, emoção e diversão é a dupla promessa que pode ser feita ao leitor.
Memorial de Aires, Machado de Assis
Memorial de Aires, romance psicológico e última obra de Machado de Assis, foi publicado em 1908, mesmo ano da morte do escritor. A obra tem por tema os idílios amorosos e as futilidades de personagens pertencentes à elite brasileira do fim do século XIX. A crítica afirma que foi nesta obra que o genial escritor mais expôs os seus valores subjetivos, fugindo um pouco à sua característica mais marcante: a isenção narrativa.
Plataforma, Michel Houellebecq
O livro retrata o caso de Michel, um solitário e desiludido funcionário público, frequentador de peep-shows e de desenxabidas prostitutas ocidentais, que encontra em Valérie, uma mulher interessante e abertamente bissexual, a possibilidade de concretizar uma afeição marcada por uma sexualidade “natural e instintiva”, que só a acção criminosa de um grupo de fundamentalistas islâmicos consegue interromper abruptamente. Pelo meio, o autor aborda muitas das inquietações que hoje em dia nos assaltam e formulamos interiormente: os perigos das selvas urbanas, as atitudes de determinados grupos étnicos ou sectores sociais e a atitude de solidão que domina as pessoas.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
A modernidade de "Nada"
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"Lida hoje, Nada surpreende pela sua modernidade. Pela sua absoluta carência de sentimentalismo, apesar das atrocidades que relata. Pelo estilo exacto, limpo, cortante como um cristal, e ao mesmo tempo cheio de força expressiva e originalidade poética. E pelas suas personagens e temas. Inesquecível a Glória, pobre rapariga espancada barbaramente uma e outra vez pelo marido. Inesquecível a avó, que é como uma fada madrinha deteriorada e quebrada. Inesquecível a Andrea, a protagonista, passiva e quase incapaz de amar. Mas é que as verdadeiras vítimas são passivas e estão destroçadas. Com a sua elegante escrita, Carmen Laforet define na novela as amigas da tia de Andrea, um punhado de mulheres que em tempos foram raparigas felizes e que agora são seres desbaratados: "Eram como pássaros envelhecidos e escuros, com os peitos palpitantes de terem voado muito num pedaço de céu muito pequeno". Nada descreve-nos esse pequeno e asfixiante fragmento de céu. É um conto cruel, o conto da vida quando se torna má."
Rosa Montero, no Prólogo a uma edição espanhola de Nada, da colecção Las mejores novelas en castellano del siglo XX, saída com o jornal El Mundo (tradução minha)
(Yo tuve que sonreírme. En pocos días la vida se me aparecía distinta a como la había concebido hasta entonces. Complicada y sencillísima a la vez. Pensaba que los secretos más dolorosos y más celosamente guardados son quizá los que todos los de nuestro alrededor conocen. Tragedias estúpidas. Lágrimas inútiles. Así empezaba a aparecerme la vida entonces.)
Carmen Laforet, Nada
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
Barcelona e "Nada" III
O antigo "Barrio Chino" (actual Raval) de Barcelona, visto pelos olhos do fotógrafo Joan Colom, entre os anos 1958-64.
sábado, 11 de outubro de 2008
Para completar a leitura da Nada
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Descobri esta página, bastante completa, com informações sobre a autora Carmen Laforet e vários artigos sobre Nada, a obra que nos ocupa de momento.
Vale a pena dar uma olhada.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
nobel 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Parabéns, querida T.
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Um cadinho atrasados, porque ontem foi um dia atribulado, aqui ficam os nossos parabéns.
Beijinhos e continuação de uma viagem inesquecível!
René Magritte, Le tombeau des lutteurs (escolha da AP)