quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008






Passado uns dias o riacho tornou-se novamente pequeno e toda a neve da montanha tinha derretido. Tinha-se então o riacho tornado maçador? Não, longe disso. Transparente e alegre, corria pela areia luminosa e os seixos, entre as margens cobertas de relva murcha, a sua alegria é eternamente nova todas as Primaveras durante mil anos, ele conta pequenas histórias na sua pequena linguagem, com pequenas variações de voz, enquanto na margem está o menino sentado e escuta durante mil anos. O menino e a eternidade, dois amigos, o céu por cima da terra, límpido e interminável.
Sim.

Halldór Laxness, Gente Independente

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