sábado, 7 de maio de 2005

Acabei de ver uma belíssima curta metragem, no âmbito da extensão do Festival Indie Lisboa. Chama-se "Himmelfilm: How were the skies like when you were young?". São 15 minutos de imagens muito bonitas, filmadas nos quatro cantos do mundo, e do depoimento em voz off de cerca de uma dúzia de pessoas de várias nacionalidades em que cada um fala sobre o que significou e significa para eles o céu. Surgem as mais variadas perspectivas, desde uma pessoa da Somália, para quem o céu sempre significou a ténue esperança de chuva e, consequentemente, de vida para as suas paisagens áridas, a uma mulher da Croácia, que relembra o primeiro dia de guerra, e como o significado de céu mudou drasticamente, passando a constituir o perigo de um ataque aéreo. O alemão (era o Wim Wenders) declarou que sempre tinha sentido uma angústia enorme perante o conceito de céu, porque lhe era impossível conceber a ideia de infinito. Por outro lado, uma outra mulher encara o céu como aquilo que todos temos em comum, sendo que, por muito diferentes que sejamos, estamos todos sob o mesmo céu, enorme, envolvente.
Enfim, deixou-me a pensar. Já agora, o que foi e o que é para vocês o céu?

Aqui fica o pequeno texto de apresentação do filme:
"Himmelfilm: How were the skies like when you were young?"

Most people look immediately out of the window and start to dream, searching between tall buildings for a piece of sky. We collected sounds. Voices from all over the world. Memories from people of their childhood, their home, their sky. Everyone has their own childhood sky. Their own memories, forgotten corners, childhood lairs. Faded and pale like an old color photo from long lost days. Or vivid with color, if you dream yourself away.

And of course the sky is blue. The same everywhere? Always there.

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